Brasília, 6/2/2004 (Agência Brasil - ABr) - O volume de operações de crédito e empréstimos feitos no Brasil ainda é sete vezes menor que a quantia realizada em países desenvolvidos. Segundo avaliação do Ministério do Planejamento, as operações de crédito na economia brasileira giram em torno de 20% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto nas nações mais desenvolvidas esse percentual aumenta para 140% do PIB.
"Isso comprova o raciocínio de que a quantidade de operações de crédito na economia brasileira é baixa em comparação a países do primeiro mundo, principalmente pela dificuldade de acesso e pelos juros altos", informou nota do ministério. Apesar dos números modestos, o governo já começa a colher os primeiros resultados dos chamados "créditos em consignação", com juros mais baixos que os normalmente cobrados no mercado – de 1,75% a 2,65 ao mês.
De acordo com dados do Planejamento, os servidores públicos federais já pegaram emprestado do Banco do Brasil cerca de R$ 40 milhões em crédito. O recurso, disponível para contratação desde 26 de janeiro deste ano via Banco do Brasil, foi movimentado em 9.567 operações – equivalentes a um montante médio de R$ 4 mil por empréstimo.
"Com o crédito BB Consignação, apontou-se a solução para esses dois problemas. Assim, o governo facilita o acesso ao crédito de 1,8 milhão de servidores, que agora poderão utilizar esses recursos para investimentos, consumo, substituindo os caríssimos financiamentos do comércio, ou mesmo pagar dívidas mais caras e aliviar o orçamento", diz a nota. Nos próximos dias, o ministério deve publicar uma Portaria definindo custos ainda mais baixos para o processamento do desconto em folha aos servidores públicos, cujas taxas de abertura de crédito variam atualmente de R$ 17 a R$ 27.