Brasília - Apesar da quase estagnação da economia interna, a Suíça está entre os líderes em investimentos diretos no exterior.
"Somos um país pequeno e nossas empresas precisam de mercados mais vastos", explica Monika Enger, do Crédito Suíço, autora de um estudo sobre os investimentos diretos suíços no exterior, baseado em dados do Banco Central suíço e da ONU.
Em proporção do PIB - Produto Interno Bruto - a Suíça só perde para Hong Kong. Em 2002, as empresas suíças investiram US$ 300 bilhões, o que correspondente a 11% do PIB.
Descontados os investimentos estrangeiros na Suíça no mesmo período, os investimentos líquidos foram de US$ 180 bilhões, atrás da Grã-Bretanha, Japão e França e à frente dos Estados Unidos e da Alemanha.
Prioridade aos industrilizados
O estudo de Monika Engler reforça que as atividades das empresas suíços no estrangeiros não ocorrem em detrimento da economia nacional. "Muitos projetos de expansão têm apenas um financiamento inicial da matriz e as atividades são complementares", explica.
Por isso, o 1,7 milhão de funcionários de empresas suíças no estrangeiro não significam perda de empregos na Suíça, segundo o estudo.
Outro fator é que as multinacionais suíças não investem no exterior para economizar em mão de obra. O essencial dos investimentos são feitos nos Estados Unidos e na Europa Ocidental e muito menos nos países emergentes. Apenas 25% dos funcionários de empresas suíças no estrangeiro estão nos países emergentes.
Setores mais competitivos
O setor bancário e de seguros absorvem 40% dos investimentos, o setor químico-farmacêutico 14% e a tradicional indústria de máquinas 5%.
As empresas suíças investem no estrangeiro devido a fatores internos da economia nacional: estabilidade, juros baixos, fiscalidade favorável, poder aquisitivo alto, mão de obra qualificada e infra-estrutura desenvolvida.
"Se as empresas são saudáveis aqui, podem ser mais audaciosas fora", completa o estudo.
As informações são do site swissinfo.org