Seminário discute no Rio a popularização da ciência e tecnologia

03/02/2004 - 9h27

Rio, 3/2/2004 (Agência Brasil - ABr) - O segundo dia do seminário que discute a popularização da ciência e tecnologia foi aberto, agora de manhã, nesta capital, com uma mesa redonda para discutir experiências realizadas no Brasil, Panamá, Jamaica e Estados Unidos. Representantes de 34 países membros da Organização dos Estados Americanos (OEA), além de cientistas de 11 paises, participam do encontro.

O presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SPBC), Ênnio Condotti, foi o primeiro palestrante de hoje. O professor destacou o "fracasso" na divulgação da ciência, nos últimos 50 anos. Para ele, é preciso que os cientistas expliquem de forma clara os seus estudos e experimentos para que não haja interpretações equivocadas e polêmicas infundadas. "A divulgação do não saber é mais importante que o saber", disse o presidente da SPBC, citando como exemplo os produtos geneticamente modificados e a clonagem de animais.

Candotti alertou que "é preciso explicar melhor os valores envolvidos e preservar melhor a memória dessas verdades. Isso não significa que não devamos tratar dos princípios. A popularização da ciência ainda é muito simplória. Há uma crise que ainda necessita de uma reflexão metodológica", ressaltou.

O encontro prossegue à tarde com palestras de representantes do México, Peru, Equador, Venezuela.