Brasília, 3/2/2004 (Agência Brasil - ABr) - A economia brasileira enfrenta hoje restrições fiscais que a impedem de crescer entre 5% a 6% ao ano. No entanto, se o Brasil melhorar o seu grau de abertura e mantiver a instalibilidade da moeda poderá crescer ainda este ano entre 3% e 4%. As afirmações são do ex-ministro da Fazenda, Mailson da Nóbrega, que participou hoje na Confederação Nacional das Indústrias de mesa redonda com representantes do setor.
Quanto à pressão inflacionária ocorrida no ínicio deste ano, Mailson lembrou que o Brasil criou mecânismos institucionais de controle sobre o próprio governo. "Não é mais possível ser voluntárista e dizer: Vou fazer o país crescer ".
O ex-ministro acrescentou que a população brasileira desenvolveu a intolerância com relação à inflação. Ações neste caminho seriam punidas nas urnas, destacou o consultor da Tendências.
Já o presidente da CNI, Armando Monteiro, considera as pressões inflacionárias registradas desde o final do ano passado setoriais. Afirmou que muita coisa será absorvida pelo próprio mercado. "Não há nada que aponte para um aumento de preços generalizado", disse Monteiro.
Lembrou, ainda, que qualquer movimento do setor econômico de aumentar o preço de forma generalizada resultaria "numa fortissíma redução das vendas", uma vez que o poder aquisitivo do brasileiro ainda é baixa.