Brasília, 3/2/2004 (Agência Brasil - ABr) - A garantia de manutenção de crédito, confiabilidade quanto ao cumprimento de contratos, a participação flexível e solidária do fisco para que a empresa continue funcionando, com a manutenção de empregos e a adequação da legislação brasileira a normas internacionais são aperfeiçoamentos que o presidente da Febraban, Gabriel Jorge Ferreira sugere para a Lei de Falências já aprovada na Câmara Federal. Ele fala em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e destaca que o Brasil está entre os países do mundo em que o crédito tem pior qualidade. E, exemplifica que um banco ou instituição financeira não tem como emprestar dinheiro a uma empresa em dificuldade, se não tiver garantia factível de segurança para isso. Além do mais se torna vulnerável junto a seus investidores.
Gabriel Jorge afirma que a política econômica do governo Lula, de trabalhar pelo reordenamento jurídico, pela recuperação do crédito e sua expansão e pela redução gradual das taxas de juros são medidas alvissareiras para o futuro das empresas o que tende a melhorar esse quadro.
Entre as modificações que o presidente da Febraban sugere para a lei de falências, que prefere classificar como uma legislação de "recuperação de empresas", é não privilegiar controladores e dirigentes quanto a seus salários e direitos trabalhistas no mesmo patamar dos trabalhadores. Estes, segundo entende Gabriel Jorge são a maioria e ganham menos, por isso têm que ser contemplados de forma privilegiada.