Brasília, 3/2/2004 (Agência Brasil - ABr) - O combate ao crime organizado nos países ibero-americanos é um dos assuntos mais discutidos na IV Reunião Preparatória da VIII Cúpula Ibero-Americana de Presidentes de Cortes Supremas e Tribunais Supremos de Justiça. O objetivo é criar acordos transnacionais de cooperação mútua. "Queremos combater o crime organizado o mais rápido possível em todos os seus segmentos: tráfico de drogas, contrabando de armas, lavagem de dinheiro e pirataria", disse o vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Edson Vidigal.
O Brasil está bastante avançado nesta área e já é referência para outros países. O conselho da Justiça Federal instituiu, recentemente, uma comissão coordenada pelo ministro do STJ, Gilson Dipp, e pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para tratar do assunto. "Vamos aguardar porque desta comissão sairão bons resultados", acredita Vidigal.
Segundo dados fornecidos pela Polícia Federal, o número de inquéritos policiais subiu de 260, em 2001, em todo o Brasil, para 1097 somente nas varas especializadas. Nos próximos anos, o número de ações envolvendo lavagem de dinheiro e crime organizado deve aumentar, acredita Vidigal. Existem hoje no Brasil sete varas federais nesta modalidade (Ceará, Espírito Santo, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina). O vice-presidente do STJ garantiu que em breve serão instaladas novas varas no país.