Brasília, 30/1/2004 (Agência Brasil - ABr) - O programa Pintando a Liberdade, do Ministério do Esporte, será adotado por países da África e da América do Sul. Está em fase conclusiva a implantação de uma unidade piloto no Uruguai e técnicos do Ministério devem ir à África para implantar o projeto em Angola e Moçambique. O Pintando a Liberdade foi considerado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) o melhor projeto de recuperação e ressocialização de presos do país.
Em 2003, o programa recebeu investimentos de mais de R$ 10 milhões. No mesmo período, foram distribuídos mais de 460 mil itens de materiais esportivos que beneficiaram quase quatro milhões de pessoas e mais de 6.900 instituições.
O Pintando a Liberdade utiliza a mão-de-obra direta de 12.700 presos em 53 penitenciárias de todo o Brasil. Eles confeccionam material esportivo, como bolas, bolsas e uniformes que são distribuídos a vários programas e projetos de caráter social desenvolvidos pelo Ministério do Esporte em parceria com entidades públicas e privadas.
O Pintando a Liberdade produziu 850 mil itens, suficientes para atender sete mil jovens carentes, com o emprego da mão-de-obra de 12.700 detentos, cerca de 8,5% da população carcerária brasileira.
Os resultados do programa podem ser comprovados pelos dados dos fundos penitenciários do Paraná e do Distrito Federal. Nas duas regiões, o índice de reincidência carcerária é de cerca de 30%, enquanto em outras instituições que ainda não adotam o programa, varia entre 60% e 90%.
Com o Pintando a Liberdade, o Ministério do Esporte e as secretarias recebem material esportivo de boa qualidade e custo reduzido, e os detentos têm sua pena reduzida em um dia para cada três trabalhados. Outro ponto importante é que os detentos deixam as penitenciárias com uma nova qualificação para o mercado de trabalho, melhorando sua auto-estima e facilitando sua reintegração à sociedade.