Brasília, 30/1/2004 (Agência Brasil - ABr) - As pessoas que chegam ao Brasil de países onde há registro de gripe do frango (influenza aviária) devem preencher uma ficha de cadastro, com informações do local de hospedagem. Em caso de qualquer sintoma da doença, o visitante deve informar ao Ministério da Agricultura. Nessa semana, o ministério determinou a intensificação da fiscalização das bagagens originárias desses países, em portos e aeroportos.

De acordo com o consultor da Organização Mundial de Saúde, Luis Gerardo Castellanos, o risco da gripe do frango chegar ao Brasil, é muito pequeno. Ele deu três razões para duvidar da possibilidade de contágio no país. "Primeiro, a distância geográfica tem um papel importante; segundo, o modo de transmissão da doença e, terceiro, porque o Brasil não importa carne de frango daqueles lugares".

Castellanos informou que o governo brasileiro se manteve atento à evolução do surto da doença no sudeste asiático, desde as primeiras ocorrências, aumentando o rigor na fiscalização. "O Brasil já tem historicamente estruturado um sistema de vigilância e colaboração com a Organização Pan-Americana de Saúde e a OMS que, anualmente, com certa periodicidade, revisa e revê qualquer situação de vírus que ameace o homem", garantiu.

A influenza aviária foi identificada há 100 anos. A doença é transmitida ao homem pelo contato direto com as aves contaminadas, e há suspeita que o vírus passe de humano para humano, graças a uma possível mutação. Os frangos são contaminados por patos silvestres, que são imunes ao vírus.

No homem, os sintomas da gripe do frango podem variar de um mal estar geral a dores de cabeça e gripe. Em estágios avançados, os pacientes podem apresentar problemas respiratórios e pulmonares.