Brasília, 28/1/2004 (Agência Brasil - ABr) - O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, reafirmou hoje que uma das prioridades do recém-criado ministério é expandir as políticas de segurança alimentar aos grandes centros urbanos e regiões metropolitanas do país. A nova pasta é uma junção dos Ministérios da Assistência Social e da Segurança Alimentar.
Em entrevista ao programa "Revista Brasil", da Rádio Nacional, o ministro disse que o alicerce para as mudanças na área social foi bem construído durante o primeiro ano de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Tanto no ministério da Assistência Social quanto no da Segurança Alimentar encontramos um trabalho de base bem feito e bons projetos em andamento, alguns apresentando resultados", observou. Lembrou que o programa Bolsa Família já atende 3,6 milhões de famílias e assegurou que as ações iniciadas pelos dois ministérios terão continuidade e serão ampliadas.
"Todos nós que temos uma experiência na administração pública sabemos que o primeiro ano é o mais difícil. Colocar o trem nos trilhos, fazê-lo andar, acertar contas, dívidas passadas, montar equipe, estabelecer prioridades, elaborar projetos, fazer os processos licitatórios, as concorrências, tudo isso toma tempo e exige um trabalho de preparação", acrescentou.
Patrus Ananias explicou uma das metas para garantir o acesso das populações de baixa renda a alimentação de melhor qualidade é construir restaurantes populares e sacolões nos municípios brasileiros, a exemplo dos que foram feitos em Belo Horizonte durante o seu mandato como prefeito. Mas ressaltou que, para colocar em prática ações dessa natureza, é preciso firmar parcerias com governos estaduais e municipais, "uma exigência legal, constitucional".
O trabalho articulado com as pastas do Trabalho e Emprego, Educação, Saúde e Cultura também foi destacado pelo novo ministro: "Sabemos que as necessidades são muito grandes, principalmente num país como o nosso que acumulou ao longo da sua história, especialmente dos últimos anos, uma dívida social muito grande. Estamos trabalhando muito, sob a liderança do presidente Lula, para reverter esse quadro".