Gabriela Guerreiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O assassinato de três auditores fiscais do Ministério do Trabalho, que faziam inspeções em fazendas para investigar trabalho escravo na região de Unaí (MG), provocou a reação do governo federal. O presidente interino, José Alencar, se reuniu, no início da tarde de hoje, com os ministros Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e Nilmário Miranda (Direitos Humanos) e determinou, além de urgência na apuração dos assassinatos, o envio de reforços das polícias Federal, Rodoviária Federal e do Ministério Público para o local do crime.
Segundo a Vice-Presidência da República, os ministros Ricardo Berzoini (Trabalho) e Nilmário Miranda (Secretaria Especial de Direitos Humanos) também seguirão esta tarde para Unaí, com o objetivo de acompanhar as investigações. O governo vai enviar, ainda, dois helicópteros - um da Polícia Federal e outro da Aeronáutica - para ajudar na segurança da região. O governo de Minas Gerais reforçou o contingente de policiais e já providenciou o envio de homens das polícias Civil e Militar do estado.
Os três auditores fiscais, além do motorista que os acompanhava, foram assassinados hoje depois de serem abordados por vários homens que atiraram contra o carro que ocupavam. O crime ocorreu na MG-188, que liga Unaí ao município de Arinos. Ainda não há maiores informações sobre o crime, mas policiais que encontraram os corpos acreditam que o assassinato seja uma retaliação de fazendeiros da região contra as investigações dos fiscais.