Brasília, 28/1/2004 (Agência Brasil - ABr) - A Embrapa vai continuar investindo na seleção de espécies e cultivares adaptadas à produção de biocombustível. A empresa, que desenvolveu um equipamento capaz de analisar os teores de óleo em sementes e grãos sem destruí-las, agora está concluindo o processo de validação do método para extração de óleo de diferentes leguminosas como soja, milho, girassol, dendê e amendoim.

O Espectrômetro de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) desenvolvido pela Embrapa Instrumentação Agropecuária é um equipamento de última geração que permite analisar em segundos os teores de óleo e de umidade em produtos agrícolas. Ao contrário dos métodos tradicionais, que exigem a extração química do óleo e várias etapas de análises, o RMN permite resposta rápida e a não destruição da amostra.

O biocombustível é produzido por meio da reação do álcool com os óleos vegetais. Misturado aos combustíveis derivados de petróleo, principalmente o diesel, ele reduz a emissão de dióxido de carbono (CO2) e melhora a lubrificação do motor. Em parceria com a Petrobrás, o Centro de Algodão da Embrapa, localizado no Rio Grande do Norte, já está participando do projeto para a produção de biodiesel a partir do óleo de mamona.