Brasília, 27/1/2004 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Fazenda, Antonio Palocci,
viaja hoje para Genebra, incorporando-se a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e onde terá encontros com empresários europeus. O discurso para os europeus já está na ponta da língua: "o Brasil quer ser um país arrumado de longo prazo e que nossa equipe organize o país para que o controle da inflação e o equilíbrio da economia sejam bens duradouros".
Palocci também dirá aos europeus que "pacotes econômicos" não cabem mais para o Brasil. A idéia é passar a imagem de um país que vem se organizando, com metas de longo prazo, para garantir a tranquilidade necessária a quem quiser investir. Neste sentido, Palocci destacará que o governo tem aproveitado bem o momento de liquidez internacional, aumentando suas reservas e reduzindo suas dívidas em dólar.
O período de mágicas na economia, segundo Palocci, foi definitivamente enterrado. O ministro disse que agora não trabalha com metas de crescimento mas com a decisão de, no decorrer de 2004, adotar as medidas necessárias que viabilizem um crescimento do país ainda maior em 2005 e nos anos subsequentes. Os debates em torno da proposta de lei de falências, que tramita no Senado, foi um dos exemplos citados por Antônio Palocci.
O ministro também citou, na entrevista que concedeu à imprensa, encontro que teve hoje com o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias. O objetivo, ressaltou, é dar mais coesão as ações sociais do governo. "Isso vai gerar uma combinação de crescimento a longo prazo, controle econômico e inclusão social", disse Palocci.