Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A tendência de queda nos juros cobrados no cheque especial manteve-se em dezembro. De acordo com o relatório sobre Política Monteária divulgado hoje pelo Banco Central, a taxa média paga pelo brasileiro no mês passado foi de 144,6%. Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, esta é a taxa mais baixa desde dezembro de 1999, quando a média cobrada do cheque especial era de 138,8%.
Apontado como outro grande vilão do crédito, o spread bancário (diferença entre o que o banco paga para captar e o que cobra para emprestar o dinheiro) caiu apenas 3,7 ponto percentual, no ano passado, para pessoa física, e 1,9 ponto percentual para empresas, no mesmo período, mantendo-se em 50,8% e 14,4%, respectivamente. "Ainda há bastante espaço para baixar o spread", disse Lopes.
O representante do BC também comemorou o que chamou de "queda persistente" da taxa de inadimplência, que vem caindo gradativamente, no caso das pessoas físicas, desde maio de 2002, quando atingiu 15,9%, e em dezembro quando registrou 13,9%. A inadimplência entre pessoas jurídicas foi de 4,1%, retornando ao mesmo nível de janeiro do ano passado. "Esse é um fator que reduz riscos e, conseqüentemente, também vai contribuir para redução dos spreads", disse Altamir Lopes.