Novo ministro diz que direcionamento do MCT não será alterado

22/01/2004 - 17h46

Brasília, 22/1/2004 (Agência Brasil - ABr) - O novo ministro de Ciência e Tecnologia, deputado Eduardo Campos (PSB), disse que as ações e políticas dessa área não sofrerão mudanças radicais porque seguem orientações de governo. Em sua primeira entrevista após a confirmação de seu nome para substituir Roberto Amaral, Campos esclareceu que questões polêmicas como produção de energia nuclear e enriquecimento de urânio são decisões tomadas pelo governo, e não por um único ministro.

Economista e cumprindo seu terceiro mandato de deputado federal o pernambucano Eduardo Campos toma posse na semana que vem. O vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS), defendeu a escolha de um político para o MCT. "A comunidade científica, às vezes, pensa que ela existe desligada da política e, na verdade, os fundos setoriais de ciência e tecnologia, a lei de biossegurança em gestação no Congresso só existem por razão de decisão política", argumentou.

Albuquerque elogiou a atuação de Roberto Amaral à frente do ministério. Segundo ele, a resistência do meio científico e acadêmico foi provocada pela política de descentralização dos investimentos. No seu entender, o repasse de recursos era concentrada no eixo Rio-São Paulo e a determinação do governo é que os investimentos atinjam todos os estados.

Com um orçamento de R$ 4 bilhões para esse ano, Campos assegurou que dará continuidade aos investimentos no Centro de Lançamento de Alcântara (Cla), no Maranhão. Ele disse também que pretende reunir representantes de instituições acadêmicas e científicas para ouvir suas necessidades.