Bush assegura que EUA nunca pedirá permissão para se defender

21/01/2004 - 7h43

Brasília - O presidente norte-americano, George W. Bush, afirmou terça-feira à noite, no seu discurso sobre o Estado da União, diante do Congresso, que Estados Unidos nunca pedirá permissão para se defender.

Bush falou, em primeiro lugar, das questões externas, principalmente sobre a guerra contra o terrorismo, quando defendeu as ações militares no Afeganistão e no Iraque. Lembrou que mesmo passados 28 meses dos ataques de 11 de setembro e mais de dois anos sem um ataque em solo norte-americano, o perigo ainda não ficou para trás. Afirmou que na guerra travada contra o terrorismo e na defesa do país, os Estados Unidos não necessitam de qualquer aval externo, alertando várias vezes para a ameaça que o terrorismo ainda representa, apesar dos triunfos alcançados.

Entre os convidados especiais à sessão do Congresso, Bush apresentou o atual presidente do Conselho de Governo iraquiano, Adnan Padachi, a quem ele chamou de um dos líderes mais respeitados do Iraque e os congressistas aplaudiram de pé. Padachi participou de reunião com o secretário-geral da ONU, em Nova York, sobre a atual situação do Iraque e uma possível participação das Nações Unidas na reconstrução do país.

Num discurso indicado como de abertura oficial da campanha pela reeleição, Bush valorizou as conquistas internas na área econômica. Ele defendeu o corte nos impostos que vem promovendo e que vem sendo duramente criticado nos discursos dos democratas em campanha.

Para agradar aos aliados conservadores, disse que vai apresentar um conjunto de medidas para estimular a abstinência sexual entre os jovens, como forma de evitar doenças sexualmente transmissíveis, e condenou casamentos homossexuais.

Os candidatos à indicação do partido democrata às eleições presidenciais de novembro reagiram negativamente ao discurso do Estado da União, considerando que Bush afastou os EUA dos seus aliados.

Para o senador John Kerry, vencedor das primárias democratas no Iowa, os Estados Unidos estão há três anos perdendo empregos, como nunca aconteceu desde a Grande Depressão dos anos 30.

Outro candidato democrata, Wesley Clark, general da reserva, acusou Bush de ter criado um "eixo constituído por uma política fiscal que ameaça" o futuro e por uma política externa que ameaça a segurança do país.

As informações são das agências internacionais