Brasília – A organização não-governamental Defesa dos Direitos Humanos (HRW) - sigla em inglês para Human Rights Watch – constata que pelo menos 18 países da África empregam adolescentes em suas tropas, tanto para fins bélicos como para exploração sexual e de trabalho escravo. E, em alguns países, o recrutamento de menores aumentou em relação a anos anteriores.
A advertência foi feita à Organização das Nações Unidas (Onu), a quem a HRW pede mais empenho nas articulações internacionais para impedir a barbárie que é praticada também em países de outros continentes. A Ong defende que o Conselho de Segurança da Onu adote as medidas cabíveis contra essas práticas, com definição de punições para os responsáveis pelos abusos.
A HRW e mais sete Ongs assinam o informe "Uso de meninos soldados em 2003", de 50 laudas, que foi entregue à Onu com pedido de medidas concretas, conforme revelou a agência Europa Press. O informe destaca o recrutamento crescente de menores também em Israel e nos territórios palestinos.
No ano passado houve recrutamento massivo de meninos soldados, de acordo com o documento, e os casos mais gritantes aconteceram na Costa do Marfim, Libéria e República Democrática do Congo, nos quais crianças são obrigadas a cometer atrocidades como violências e torturas sexuais. Em Uganda, adolescentes são raptados pelo Exército de Resistência e obrigados a participar do conflito armado que acontece no país há 17 anos.
De acordo com a HRW, a utilização de meninos soldados é comum, ainda, no Afeganistão Indonésia, Nepal, Filipinas, Birmânia e Sri Lanka. No caso das Américas, o uso mais marcante de adolescentes é na Colômbia, onde cerca de 11 mil menores de 18 anos estão engajados no exército regulamentar, e até mesmo meninos com menos de 12 anos são treinados para operar explosivos e armas.
As informações são da Europa Press