Brasília, 17/1/2004 (Agência Brasil - ABr) - Mais de 5.200 policiais civis do Distrito Federal continuam em greve. A paralisação começou há cinco dias. Só uma delegacia da Asa Sul da cidade continua funcionando, com agentes administrativos terceirizados. Seguindo a orientação do comando de greve, apenas os casos de flagrante ou de crime hediondo estão sendo atendidos.

Depois de uma assembléia realizada ontem (16) para definir os rumos do movimento, o Governo do Distrito Federal (GDF) apresentou uma proposta que atendeu em parte as reivindicações dos policiais e se comprometeu a depositar o pagamento das férias atrasadas para ser sacado neste sábado.

Mesmo assim, os grevistas ainda estão descontentes e vão manter a paralisação até terça-feira (20), quando uma nova assembléia será realizada, às 9h. De acordo com o diretor Administrativo do Sindicato dos Policiais Civis, Gilmar Oliveira, agora os agentes esperam uma definição sobre o pedido de reajuste da categoria em 9%. "O piso salarial para quem entra hoje na polícia é de R$ 3.500,00. Nós estamos reivindicando um percentual de 9,35%, que é a elevação das gratificações intermediárias", lembra Gilmar. Para a categoria, o problema não é a falta de dinheiro. "O governo não terá nenhum problema com o custo, será só assinar o documento. Apenas legalizar a nossa gratificação para que possamos receber esse aumento", argumenta o diretor.