São Paulo, 16/1/2004 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse há pouco que "quando se agrava um advogado, não se está agravando só um advogado, mas toda a classe e o direito de defesa". Ao chegar à sede da Ordem dos Advogados do Brasil -seccional São Paulo, para o ato de desagravo ao deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), o ministro acrescentou que não participa do ato somente como ministro, mas como advogado e companheiro de Greenhalgh.

Segundo Thomaz Bastos, o ato convocado pelo diretório nacional do PT "é justo e adequado". A convocação foi feita após a publicação de uma reportagem no jornal Folha de São Paulo, em 23 de dezembro de 2003, informando que um dos presos acusados pela morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel, teria dito em depoimento à polícia que Greenhalgh o torturou para que confessasse o crime.

O presidente nacional do PT, José Genoino, afirmou que a reportagem não tem fundamento e que Greenhalgh tem lutado nos últimos 20 anos para combater a tortura e a violência no país. E o deputado federal Professor Luizinho (PT-SP), vice-líder do governo na Câmara, comentou que "é inimaginável alguém com a história do Greenhalgh, ser acusado de ter exercido qualquer tipo de violência psicológica ou física".