Rio, 15/1/2004 (Agência Brasil - ABr) - Apesar da questão com a multinacional AES, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve fechar o exercício de 2003 com lucro superior aos R$ 550 milhões apurados em 2002, estimou hoje, nesta capital, o vice-presidente da instituição, Darc Costa.
Como o balanço financeiro do BNDES de 2003 ainda não foi fechado e, em razão do acordo firmado com a controladora da Eletropaulo, Costa esclareceu que a AES não pode ser considerada inadimplente. Ele acrescentou que a provisão que havia sido feita em função da dívida da companhia com o banco, da ordem de US$ 1,2 bilhão, foi revertida. O banco aguarda que a AES pague até o dia 31 a parcela de US$ 90 milhões prevista no acordo que criou uma nova empresa, a Brasiliana Energia S/A, cujo capital é dividido entre o BNDES e a AES.
Outra dívida provisionada é da Cemig, no montante de US$700 milhões, mas a expectativa é de que seja equacionada no devido tempo. Essa dívida passa pelo processo de privatização, considerado incompleto por Costa e segundo ele "muito mal feito", na medida em que o objetivo era gerar caixa e não resolver os problemas das empresas. O assunto será tema de uma nova reunião da diretoria do BNDES.