Brasília, 12/01/2004 (Agência Brasil - ABr) - As recentes alterações na legislação da Previdência Social, aumentando a idade para aposentadoria dos servidores públicos, provocou mudança no perfil do quadro funcional do Banco Central, que tem 4.659 servidores em todo o país, dos quais 80,6% são homens e apenas 19,4% são mulheres. A relação, em 1999, era de 78,07% e 21, 93%, respectivamente. A diferença aumentou, gradativamente, de lá para cá.

É um dos índices mais baixos de mulheres em repartições públicas, provocado, em parte, pelo maior número de pedidos de aposentadorias femininas, nas reformas da Previdência, em 1998 e no ano passado, para fugir às mudanças previstas, que fixaram a idade mínima de aposentadoria de 55 anos para mulheres e de 60 anos para homens.

Apesar da redução percentual do número de mulheres, o perfil do funcionalismo do BC sempre foi mais masculino, conforme declara Solange Alves, do Departamento de Liquidações Extrajudiciais (Deliq). Segundo ela, "as áreas de atuação do BC despertam maior interesse em homens", mas ressalta que "o espaço na instituição é igual para todos" e diz que jamais sofreu qualquer tipo de discriminação por ser minoria.

De acordo com pesquisa interna do estabelecimento, a idade média do servidor do BC é de 44 anos, sendo que o funcionário mais jovem, Rodrigo Gonzalez, tem apenas 22 anos, o que contrasta com os 62 anos de Neciel de Amorim, analista da Secretaria Executiva. Ele é um dos mais idosos do banco, e entende que o convívio funcional entre pessoas de diferentes idades é importante para a transmissão de experiências, ao mesmo tempo em que conhece novas idéias e aspirações.