São Paulo, 7/1/2004 (Agência Brasil - ABr) - Os preços no varejo do comércio paulista fecharam 2003 com um reajuste bem inferior ao de 2002. Segundo a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio/SP), o Índice de Preços no Varejo (IPV) registrou variação de 12,6% no ano passado, contra 26,5% em 2002. Para 2004, a expectativa dos economistas da Fecomércio/SP é de uma variação anual em torno de 7%. Em 2000 e 2001, essa variação foi de 8%.
O grupo de bens não-duráveis, que inclui remédios, alimentos e produtos de higiene e limpeza, teve aumento anual de 10,9%. Segundo os técnicos da Federação do Comércio, o faturamento desse segmento teve um primeiro semestre de destaque - com o reajuste nos preços dos supermercados - mas perdeu força nos últimos seis meses, porque os preços não sofrem grandes pressões da variação do câmbio.
Os bens semiduráveis – calçados, vestuário e tecidos – registraram aumento de 11,7% nos preços. Vestuário foi o item com maior variação de preços em 2003, de todos os componentes do o IPV: 1,54%. Os calçados tiveram seus preços reajustados em 31% no ano passado. No comércio automotivo houve alta de 12,31% nos preços. As autopeças tiveram reajuste anual de 26,55%, enquanto os veículos novos registraram elevação de 9,62%.
Os preços de eletrodomésticos, móveis e decorações, que compõem o grupo de duráveis, tiveram alta média de 13,1% em 2003. A menor alta foi verificada nos eletrodomésticos (7,7%).
O grupo que apresentou maior alta nos preços do varejo em 2003 foi o de materiais de construção (22,34%). Segundo a Fecomércio/SP, o primeiro semestre do ano foi de faturamento e preços em alta, impulsionando o crescimento do setor. No segundo semestre, entretanto, as vendas caíram, e o aumento de preços foi conseqüência da elevação do valor de produtos como aço e cimento.