Rio, 7/1/2004 (Agência Brasil - ABr) – O secretário estadual de Agricultura do Rio de Janeiro, Christino Áureo, avaliou que graças à pressão conjunta exercida pelo governo fluminense, a Federação de Agricultura do Estado (Faerj) e cooperativas de leite da região Noroeste, a direção da Parmalat do Brasil prometeu quitar, já no próximo dia 16, as dívidas vencidas junto aos produtores de leite fluminenses, que alcançam cerca de R$ 6,6 milhões.
A garantia foi dada ao secretário Christino Áureo pela direção da empresa, após reunião realizada hoje na capital paulista da qual participaram os presidentes de três das 11 cooperativas de leite do estado do Rio de Janeiro, o presidente da Faerj, Rodolfo Tavares, e o presidente da Parmalat do Brasil, Ricardo Gonçalves.
Segundo informou o secretário de Agricultura, "até hoje só foram pagos às cooperativas 30% da parcela de R$ 2,3 milhões, referentes à segunda quinzena de novembro. No último dia 5, os produtores deveriam ter recebido também mais R$ 2,5 milhões, da primeira quinzena de dezembro". Ele lembrou que, no próximo dia 15, vencerá o valor referente à segunda quinzena de dezembro.
Áureo garantiu que o governo fluminense vai cobrar o cumprimento do pagamento da dívida por parte da empresa, com o objetivo "de defender os interesses dos pequenos produtores do interior". Destacou, por outro lado, que o estado vai ampliar a aquisição de leite para a merenda escolar no início do ano letivo e também para os programas sociais do governo, em apoio aos produtores.
A fábrica da Parmalat no Estado do Rio está localizada no município de Itaperuna. Ela emprega entre 220 e 250 pessoas e recebe diariamente 300 mil litros de leite fabricados por 10 mil pequenos produtores associados a 11 cooperativas, disse Áureo. O estado é o segundo maior mercado da América do Sul, consumindo por dia entre 1,5 milhão e 2 milhões de litros de leite.
De acordo com dados fornecidos pelo secretário, a produção anual do Estado é de 480 milhões de litros para um consumo de 1,5 bilhão de litros por ano. As cooperativas fornecem entre 33% e 40% da necessidade fluminense e o resto do produto vem de outros estados, informou.