Vendas nos shoppings crescem 1% no Natal e decepcionam lojistas

26/12/2003 - 13h41

São Paulo, 26/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - Os shoppings centers registraram aumento de 1% nas vendas de Natal em 2003 com relação ao mesmo período em 2002. A informação foi divulgada hoje pela Associação Brasileira dos Lojistas de Shopping (Alshop).

Segundo o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun, o desempenho, que ficou abaixo das expectativas dos empresários, é resultado do engessamento da economia no primeiro ano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Isso aconteceu em função não só da taxa de juros, mas porque o primeiro ano de governo Lula foi um ano de grandes ajustes da economia, além do quadro de desemprego que cresceu durante o ano inteiro e da queda do poder aquisitivo da população", disse Sahyoun.

Esse foi o "Natal das lembrancinhas", de acordo com o presidente da Alshop. "Em termos de quantidade o volume de vendas foi maior (8%), mas com preços menores, variando entre R$ 10,00 e R$ 12,00, o que tem sido uma constante nos últimos anos", salientou Sahyoun.

O presidente da Alshop destacou que a partir de hoje o movimento deve aumentar devido às trocas e às compras para a festa de Réveillon. "Tradicionalmente cerca de 25% das pessoas que ganham presentes vão aos shoppings para trocar ou complementar mercadorias para as viagens e festas de final de ano. O setor de vestuário, principalmente da linha branca e lingerie, deve ter um movimento tão grande quando o do Natal", ressaltou.

Desempenho no ano - Os 579 shoppings centers do Brasil devem fechar o ano com um faturamento de R$ 48 bilhões. Apesar disso, o desempenho não foi suficiente para recuperar as perdas do ano. De acordo com Sahyoun, o varejo de shopping registrou queda de 1% a 2%. Considerando as quatro mil novas lojas abertas durante o ano, devido às expansões e inaugurações, o número traz um incremento de 3% em comparação a 2002.

Com a previsão de crescimento de 3% a 3,5% na economia e de novos investimentos por parte do empresariado, a expectativa em 2004 é a de que o poder aquisitivo aumente e resulte em expansão de 8% a 10% no setor.