Programa Segundo Tempo já atende 516 mil crianças e adolescentes

22/12/2003 - 15h14

Brasília, 22/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - Com menos de um ano de implantação, o programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, já atende 516,7 mil crianças e adolescentes em 2.681 núcleos em todo o País. A informação foi dada hoje pelo ministro Agnelo Queiroz ao fazer, durante a reunião do Conselho Nacional de Esporte (CNE), um balanço das atividades do Ministério.

Segundo Agnelo, foram investidos neste ano R$ 28,197 milhões na implementação do Segundo Tempo. Outros R$ 14,123 milhões vieram do Ministério Extraordinário da Segurança Alimentar (Mesa) e mais R$ 1,199 do Ministério da Educação, com um investimento total de R$ 43,520 milhões. Além de incentivar a prática esportiva, o Segundo Tempo garante reforço escolar e alimentar a crianças e jovens incluídas no programa.

"Apesar dos poucos recursos, estamos transformando o esporte em política de Estado", lembrou Agnelo Queiroz, ao destacar outros avanços conseguidos pela pasta. Ele citou programas como Esporte e Lazer na Cidade e Esporte Educacional e de Alto Rendimento. O Esporte e Lazer na Cidade, por exemplo, já tem experiências-piloto em cidades como Florianópolis, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Velho e Rio Branco. O programa já beneficia cerca de oito mil pessoas.

Na área do esporte de alto rendimento, o ministro ressaltou a importância dos patrocínios de estatais como a Petrobrás, Eletrobrás, Correios, Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a diversas modalidades esportivas. Lembrou, por exemplo, que a Eletrobrás passou este ano a patrocinar a Seleção Brasileira de Basquete Feminino e a Petrobrás, o handebol. Segundo Agnelo, a tendência é aumentar o número de patrocínios, inclusive por parte da iniciativa privada, com a aprovação da Lei de Incentivos Fiscais em tramitação no Congresso.

O esporte educacional também mereceu destaque no balanço feito pelo ministro. Ele lembrou que, mesmo com recursos minguados, o ministério conseguiu cumprir o calendário de eventos estabelecido, realizando competições importantes como os Jogos da Juventude e os Jogos Escolares Brasileiros (JEBs). Segundo Agnelo, o segmento de esporte educacional ganhará mais força em 2004 com a aprovação do projeto Bolsa-Atleta.

Agnelo anunciou que o Ministério do Esporte encomendou um censo esportivo ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e realizará, até junho, uma Conferência Nacional de Esporte. Segundo o ministro, essas duas ferramentas serão vitais para consolidar as ações do ministério nos próximos anos.

Em seu balanço, Agnelo Queiroz enfatizou que o esporte vai merecer atenção maior no próximo ano. Além da Lei de Incentivos Fiscais e da Bolsa-Atleta, ele anunciou que buscará parcerias com outros organismos governamentais para implementar programas que visem à inclusão social por meio do esporte. O ministro pediu o apoio do Conselho Nacional de Atletas (CNE) para a implementação desses novos projetos.

Segundo Agnelo, o Brasil tem todas as condições de ampliar sua participação em competições esportivas nacionais e internacionais, a exemplo do que ocorreu este ano nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo. "E vamos trabalhar para isso", ressaltou. O ministro lembrou que as Olimpíadas de Atenas vão se transformar em uma vitrine para o esporte brasileiro.