Rio, 22/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - A taxa de desemprego em novembro foi menor do que a registrada em outubro, 12,2% contra 12,9%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa foi a primeira queda significativa registrada em 2003 e já era esperada, devido às contratações realizadas no período que antecede o Natal. Já com relação a novembro do ano passado, a taxa sofreu um aumento de 1,3 ponto percentual.
A pesquisa mostra, ainda, que, de outubro para novembro, a população ocupada cresceu 1,1%, ou seja, existem 18,84 milhões de pessoas trabalhando nas seis regiões metropolitanas analisadas.
Entre os grupos de atividade, aumentou a ocupação na indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água; na construção; no comércio; e outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais). Os demais grupamentos não apresentaram variação relevante.
O número de empregados com carteira assinada ficou estável em relação a outubro, enquanto que o número de empregados sem carteira teve aumento de 3,6%, o que representa mais 148 mil pessoas nessa categoria.
O total de trabalhadores por conta própria subiu ligeiramente, 0,9%. Segundo o IBGE, os empregados sem carteira e os trabalhadores por conta própria representam, juntos, 42,6% da população ocupada no país.
Em novembro, o contingente de desempregados caiu para 2,6 milhões. A queda, de 5,7% em relação a outubro, significa que há 157 mil desocupados a menos. A queda foi sentida em todas as áreas investigadas: Recife (-3,7%), Salvador (-2,4%), Belo Horizonte (-8,1%), Rio de Janeiro (-4,5%), São Paulo (-6,4%) e Porto Alegre (-6,9%).
Quanto ao rendimento médio do trabalhador, em novembro, foi de R$ 835,80 reais, permanecendo estável em relação a outubro. Já na relação com novembro de 2002, os salários foram 13% menores, em média, sendo que a queda mais acentuada ocorreu na categoria dos trabalhadores por conta própria (-20,1%).