Brasília, 22/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - O chefe da Casa Civil, ministro José Dirceu, disse hoje que a convocação extraordinária do Congresso torna-se uma necessidade por causa do acordo para votação da reforma da Previdência. "Tínhamos traçado um cenário sem convocação, mas na política precisamos ter flexibilidade para resolver os imprevistos", afirmou Dirceu. Mas fez uma ressalva: "É uma questão que o presidente decide".
José Dirceu almoçou hoje com o ex-presidente Itamar Franco no Palácio do Itamaraty. Ele disse que levou um abraço do presidente Lula ao atual embaixador do Brasil na Itália, com quem repassou a situação do país, nos campos político, econômico e internacional. "Falamos sobre a Itália, conversamos sobre Minas. Agora, nós vamos descansar", disse o ministro da Casa Civil.
Segundo o ministro, o presidente da República está satisfeitíssimo com o trabalho de Itamar como embaixador na Itália. "Fiquei muito feliz de rever o presidente. Reiterei o nosso apreço, reiterei a posição clara do presidente sobre o trabalho que ele vem fazendo na Itália, mas é nosso desejo continuar juntos trabalhando aqui no Brasil na situação e na política nacional e vamos retomar a conversa depois das festas", afirmou Dirceu.
Quanto ao aumento do salário mínimo no ano que vem, o ministro adiantou que qualquer questão sobre 2004 deve ser colocada e analisada na época. "Em abril, vamos tomar uma decisão. Evidentemente, se o Orçamento já indica um patamar, melhor para o país. Vamos trabalhar para o país voltar a crescer. Vamos nos concentrar na questão social. Como eu disse, é uma página virada, 2003, vamos trabalhar para 2004", afirmou.
O ex-presidente Itamar Franco, por sua vez, disse que o almoço serviu para ele e o ministro José Dirceu recomporem a distância, neste momento de festas de Natal. "Vim conversar com o senhor ministro , pela amizade que temos. Ele me colocou a par dos problemas nacionais.", acrescentou Itamar.
Sobre o cargo de embaixador do Brasil na Itália, Itamar afirmou que está cumprindo a missão que o presidente Lula lhe deu. Ele disse que sente vontade de voltar para o Brasil, mas ressaltou que isso vai depender de uma decisão do presidente. "No dia em que o presidente precisar da Embaixada, ela está à disposição dele. Tem que só dar tempo de eu arrumar as minhas malas", concluiu o ex-presidente.
.