Construção de casco da P-51 no Brasil pode gerar três mil empregos para os fluminenses

18/12/2003 - 17h12

Rio, 18/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - A Petrobras e o governo do Rio de Janeiro estão em vias de chegar a um acordo para que a construção do casco da plataforma P-51 possa ser feito em estaleiros do Rio de Janeiro, o que pode gerar cerca de três mil empregos diretos para os fluminenses. O acordo pode vir a ser anunciado pela governadora Rosinha Matheus já amanhã, em Angra dos Reis, no litoral Sul Fluminense, quando Rosinha e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estarão participando da solenidade de assinatura do contrato da plataforma P-52.

O governo do Rio vinha defendendo a construção do casco no país, mas a Petrobras achava que os estaleiros fluminenses não teriam condições de arcar com mais esta obra. O governo do Rio, no entanto, por meio da Secretaria Estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, apresentou relatório técnico demonstrando a capacidade dos estaleiros do Rio de construir o casco da P-51. Com isto, o índice de nacionalização da unidade poderá chegar a até 80%, o maior de todos os tempos.

Desta forma, a Petrobras livra-se da incidência dos 18% de imposto decorrentes da Lei Valentim, que teriam que ser pagos caso a unidade fosse construída lá fora. Com a construção do casco no Rio de Janeiro, os impostos podem cair para cerca de US$ 40 milhões, o que viabilizaria a obra.

A P-51 se destina ao campo de Marlim Leste, na Bacia de Campos, onde produzirá, quando operar a plena carga, cerca de 180 mil barris por dia, sendo considerada um projeto fundamental para que o país atinja a auto-suficiência na produção de petróleo em 2006.