Rio, 17/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - A pesquisa "Estatísticas do Registro Civil 2002", divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), indica que os óbitos decorrentes de causas violentas (homicídios, suicídios e acidentes de trânsito, entre outros) atingem três vezes mais os jovens do sexo masculino, que o feminino.
Na avaliação do IBGE, o fenômeno da violência é um fato concreto e que vem se acentuando em praticamente todas as regiões brasileiras, elevando o número de óbitos, principalmente entre os adolescentes, jovens e jovens adultos do sexo masculino.
Em nível nacional, entre 1990 e 2002, enquanto a proporção de óbitos masculinos relacionados a causas violentas subiu de 14,2% para 16,3%; em relação às mulheres essas proporções se mantiveram praticamente estáveis, com valores "levemente" superiores a 4%.
A região Centro-Oeste apresenta, ao longo dos 12 anos, as maiores incidências de óbitos masculinos relacionados à violência (20%), seguida das regiões Norte e Sudeste, que tiveram aumento nas proporções de 15% e 17%, entre o período - um aumento relativo de 16%.
Embora tenha apresentado as menores incidências de mortes masculinas por causas violentas ao longo dos anos, a região Nordeste foi a que apresentou o maior incremento relativo (18%). Na região Sul, a variação relativa foi 15%. À exceção da região Centro-Oeste, onde a incidência de mortes violentas relacionadas ao sexo masculino se manteve em patamares estáveis, embora elevada, em todas as demais regiões aumentou a participação das causas violentas no total de óbitos masculinos.