Brasília, 17/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - O forte calor nos últimos dias é um fenômeno natural nas épocas de verão. No Distrito Federal, assim como no Rio de Janeiro, a temperatura subiu consideravelmente e a umidade do ar baixou.
As altas temperaturas nessa época não são novidade, o problema é a falta de chuva. O verão é a estação mais quente do ano e também a mais chuvosa. De acordo com o meteorologista Francisco Alves, quando não ocorrem os fenômenos El Niño e La Niña, como agora, há irregularidade na distribuição de chuva. A explicação é que prevalece a massa de ar quente e com isso a umidade cai e a temperatura sobe, provocando os veranicos que são curtos períodos de chuva.
O período de chuva só deve recomeçar na próxima semana. Até o Natal, poderá ocorrer chuva em pontos isolados, e nos dias 24 e 25 é provável que o índice de chuvas melhore. A boa notícia vale para o Distrito Federal, leste de Goiás, centro do Espírito Santo, São Paulo e sul de Minas Gerais, com previsão de chuva para amanhã no Rio de Janeiro.
No sudeste, as temperaturas subirão com a indicação de que devem ficar acima dos padrões para a época, podendo superar os 38ºC , como ocorreu ontem na cidade do Rio de Janeiro.
Francisco Alves chama atenção para o fato de que existe uma ligeira mudança no clima de um ano para o outro. No Distrito Federal, em novembro de 2002 choveu mais do que a média para o mesmo mês desse ano; e os números de dezembro mostram que em 2003 a chuva no mês do natal será menos intensa, se comparando com ano passado.
O prognóstico de verão do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) aponta chuvas até janeiro, em grande parte do Brasil, com "veranicos" nas Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. No verão da região norte o período é de chuvas nos estados do Acre, Rondônia, Tocantins, sul do Amazonas e do Pará. No Amapá, norte e litoral do Pará as chuvas começam a partir desse mês. E em Roraima, janeiro é época de seca e temperaturas altas. No nordeste, a partir de janeiro deve chover no semi-árido, apesar das altas temperaturas. No Sul, podem ocorrer períodos de estiagem, com duração de uma semana, e nas áreas mais ao sul do Rio Grande do Sul, os índices de chuva devem ser baixos, apesar de a temperatura ser elevada, como ocorre no verão.
Para conviver com as oscilações climáticas, a dica dos médicos e nutricionistas é não esquecer de repor a água e os nutrientes que vão embora através da transpiração, comum nos dias quentes. Para a reposição de minerais como potássio, zinco e vitaminas, a dieta alimentar deve conter grãos integrais, frutas cítricas e vegetais. É recomendável beber bastante água e sucos frescos e evitar doces e a ingestão de sal.