Rio, 17/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - É cada vez maior o número de mães menores de 20 anos no país, principalmente entre as camadas e regiões menos favorecidas do país. Esta é uma das constatações do documento "Estatísticas do Registro Civil 2002", que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou há pouco. A publicação traz dados completos sobre a totalidade dos registros de nascimentos, casamentos e óbitos informados pelos Cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais, e de separações e divórcios declarados pelas Varas de Família, Foros ou Varas Cíveis.
Segundo o levantamento, o aumento do número de mães cada vez mais jovens se destaca nas regiões Norte, onde chegou a 25% entre 1991 e 2002, e Nordeste e Centro-Oeste, ambas em 23%. Mas o crescimento se revela em todo o país e varia dos 27,8% no estado de Tocantins aos 17,5% no Distrito Federal.
Enquanto estados mais atrasados economicamente – como Acre (27,0%), Rondônia e Pará (ambas com 26,3%), e Mato Grosso do Sul e Mato Grosso (com respectivamente 25,5% e 25,4%), mantêm-se no topo da pirâmide, estados economicamente mais evoluídos, como São Paulo – o maior parque fabril do país e o segundo menor em incidência de mães com idade inferior a 20 anos –, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro apresentam taxas mais ou menos próximas.
Mortes
O documento do IBGE informa que na região Centro-Oeste é maior o número de mortes por causa violenta, com valores médios em torno de 8% até 1997, contra a média de 4% para o restante do país. Desse ano até 2002, porém, houve uma expressiva queda, de 20%, no número de óbitos femininos por causas violentas.
Já nas regiões Norte e Sul há um incremento de 17% e de 28%, respectivamente, na proporção de mortes de mulheres por causa violenta, segundo a pesquisa "Estatísticas do Registro Civil 2002".