Rio, 17/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - O acordo entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a AES Corp para reestruturar a dívida de US$ 1,2 bilhão, que a empresa tem com o banco, está sendo analisado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
A informação é do diretor financeiro do BNDES, Roberto Timótheo da Costa. Ele adiantou que não poderia desautorizar a declaração da direção da empresa dada nos Estados Unidos, de que os entendimentos comerciais estavam concluídos, lembrando, no entanto, que era uma posição da AES Corp.
Timótheo da Costa informou que há duas semanas teve um encontro em Nova York, Estados Unidos "com o alto staff" da empresa. "Essa reunião resultou na aceleração daquelas negociações que nós vínhamos mantendo desde que firmamos o memorando de entendimentos no início de setembro."
O diretor financeiro do BNDES disse que teria, ainda hoje, um contato com investidores estrangeiros que mantêm ações da AES Tietê, subsidiária da AES Corp. Timótheo explicou que os bancos que emprestaram US$ 300 milhões à empresa, nos Estados Unidos, receberam como garantias ações da AES Tietê. Essa ações foram incluídas também na formação da NovaCom, empresa que poderá ser criada após o acordo com o BNDES.
Ele acredita que os investidores chegarão a conclusão que é importante a participação do BNDES no controle da empresa a ser criada. " Acho que eles vão anuir porque terão uma situação financeira muito diferente do que tinham antes. Na nossa companhia vão estar melhor do que estavam antes."
O presidente do BNDES, Carlos Lessa disse que ainda não se pode dizer que o acordo está fechado porque há o prazo até o dia 22 para a conclusão dos entendimentos. " Só posso dizer que está fechado quando houver o aperto de mãos. O banco não considera a negociação conclusa. Ela está em aberto", afirmou Lessa.