Brasília, 16/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - O Brasil tornou-se o principal exportador mundial de carne bovina, devendo vender ao exterior 1,4 milhão de toneladas (equivalente em carcaça) este ano, o que renderá cerca de US$ 1,5 bilhão. No balanço divulgado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), 2003 foi um ano com dois momentos para a pecuária de corte, com comemorações e frustrações.
Em 2003 aumentou o volume de remessas de carne bovina, assim como os preços médios pagos pelo mercado internacional. Em novembro, cada tonelada de carne brasileira exportada valeu US$ 2,2 mil, diante dos cerca de US$ 1,6 mil, que eram pagos do final do ano passado até o início deste. De acordo com a confederação, isto, no entanto, não se refletiu em ganho para os produtores, que não receberam o repasse das vantagens conseguidas nas exportações. Os custos dos insumos aumentaram além do valor oferecido pelos frigoríficos pelo boi gordo. A conseqüência, conforme a CNA, foi o acúmulo de perdas.
Apesar destas dificuldades, a produção total de carne bovina em 2003 está estimada em 7,7 milhões de toneladas (equivalente carcaça), apresentando um crescimento de 5% sobre 2002. Além disso, o rebanho brasileiro deve chegar ao final do ano a 183,5 milhões de cabeças. Otimistas, os técnicos da CNA consideram que há espaços para a carne brasileira no mercado internacional e para a melhoria dos preços de exportação, que chegaram a US$ 2,67 mil por tonelada em 2000.