Brasília, 11/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu hoje que o Brasil não vai voltar a sofrer com o racionamento de energia elétrica, como aconteceu entre os anos 2001 e 2002. Ao lançar, no Palácio do Planalto, o novo modelo do setor elétrico, Lula disse que o racionamento e os apagões são "página virada" da nossa história. Segundo o presidente, "o Brasil não suporta mais sobressaltos", especialmente no setor elétrico, e o novo modelo vai garantir a tranqüilidade e a segurança necessários a esta área.
"Não vai faltar energia, nem para o consumo atual, nem para o desenvolvimento do país. O
racionamento e os apagões que causaram graves consequências para o consumidor, para a situação financeira das empresas e para o desenvolvimento econômico do Brasil são agora uma página virada da nossa história", garantiu Lula.
Ele ressaltou que o setor elétrico precisa ser bem estruturado para atrair investimentos externos. "Eu duvido que alguém consiga convencer um investidor a aplicar recursos no Brasil, se não entregarmos a ele boas condições do modelo do setor", enfatizou. O setor de energia elétrica é, segundo Lula, fundamental para o crescimento da economia brasileira: "Todo mundo sabe que um país não cresce sem energia elétrica".
O presidente também fez um apelo para que o Congresso Nacional aprove, o mais rápido possível, as duas medidas provisórias que regulamentam o novo modelo do setor elétrico, como forma de garantir o fim, em definitivo, dos apagões e racionamento. "O novo modelo protege o cidadão, fortalece as empresas e dá a autonomia que o país precisa", defendeu.
Lula afirmou que o governo pretende atuar em duas vias: garantir que os investidores tenham um alto grau de confiança no governo, ao mesmo tempo em que o governo possa ter um alto grau de confiança nos investidores. "E os investidores podem ter a certeza de que as regras não vão mudar no meio do jogo", garantiu. O presidente também disse que o novo modelo vai garantir
que todos os brasileiros possam pagar pela energia, ao mesmo tempo em que as empresas poderão cobrir os seus gastos.
O lançamento do novo modelo do setor elétrico foi o primeiro compromisso público de Lula depois de sua viagem de oito dias por países árabes. Lula admitiu, porém, que ainda está sob o efeito do fuso horário dos países do Oriente Médio. "Ainda estou com a minha cabeça no fuso do Oriente Médio", admitiu. O presidente desembarcou na madrugada de hoje em Brasília e ainda
participa, às 19 horas, do encerramento da 12ª Conferência Nacional da Saúde, que
está sendo realizada desde o último domingo (7).