Rio, 11/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - A criação de mais empresas de base tecnológica e de produtos de Tecnologia da Informação, no Porto Digital de Recife, receberá R$ 5 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os recursos representam 79,8% do investimento total do empreendimento. A verba é do Programa de Financiamento para o Desenvolvimento do Software (Prosoft).

Segundo o gerente da Área Industrial do BNDES, Cláudio Leal, a operação é inovadora porque, além do financiamento convencional, garante ao banco o direito de participação acionária no capital das três empresas já incubadas no Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e também das oito empresas que serão geradas. No futuro, o banco poderá vender essa participação em mercado ou para investidores estratégicos.

O Prosoft foi criado em 1997 para estimular o desenvolvimento da indústria nacional de software. Até este ano, o programa já financiou R$ 55 milhões. Leal disse que esse financiamento é a operação mais importante do Programa em 2003 por vários aspectos. Entre eles, citou a dimensão regional, a prioridade do banco para apoio ao setor tecnológico, a revitalização de centros históricos, além de atender à idéia de um "cluster", ou arranjo produtivo local, nicho de atenção do BNDES.

Criado em maio de 1996, o Cesar executa projetos de TI, desenvolvendo produtos, sistemas, pesquisas, consultoria e treinamento. Essas atividades, segundo o BNDES, geram receita própria para a instituição, que é uma sociedade civil sem fins lucrativos. A instituição dá suporte também para a criação e maturação de empresas de base tecnológica. Desde o início de seus trabalhos, o Cesar já graduou quatro empresas e conta hoje com cinco empresas incubadas.