Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio, - O Ministro do Comércio Exterior da França, François Loos, garantiu hoje, no Rio de Janeiro, que o Iraque não é prioridade para seu país, esclarecendo que a capacidade de investir das empresas francesas no exterior prioriza países que oferecem crescimento importante, segurança e estabilidade economica. "Não acho que o Iraque esteja nesse caso", analisou.
A proibição pelo Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, para que os países que foram contra a guerra do Iraque-entre eles o Brasil- participem dos contratos para reconstrução daquela nação recebeu críticas do Ministro francês. Explicou que, a seu ver, no plano jurídico da Organização Mundial do Comércio, os créditos utilizados para gastos públicos devem ser objeto de um mercado público internacional, ou seja, de licitações internacionais, abertas a todos os países.
François Loos afirmou que as trocas comerciais devem ser feitas com base na verdadeira competência das empresas. Acrescentou que, por conta disso, a experiência das companhias francesas poderá ser útil mais tarde para o Iraque em várias áreas, como distribuição de água, refino de petróleo e infra-estrutura, em que a França possui posição econômica e técnicas extremamente fortes.
O ministro externou a posição do governo francês favorável a um processo político no Iraque. "Queremos que muito rapidamente os iraquianos possam tornar-se mestres do seu próprio destino. Nessas condições, a cooperação com a França, claro, está aberta ao povo iraquiano".
O Ministro François Loos não informou se o governo da França fará algum tipo de reclamação da posição americana junto à OMC. Ele acredita que cabe às empresas francesas definir suas prioridades de exportação ou de investimento no exterior. "Hoje é importante investir em países seguros, cujas regras do jogo sejam previsíveis. Esta é a razão pela qual estou no Brasil", garantiu.