Brasília, 11/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - O governador do São Paulo, Gerado Alckmin (PSDB/SP), quer que a linha de financiamento aberta pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a capitalização das distribuidoras de energia elétrica seja estendida também às geradoras. Com isso, a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) poderia ser beneficiada com os recursos do banco federal.
A Cesp precisa de R$ 700 milhões, mas não pode receber o dinheiro, mesmo sendo a terceira maior geradora do país. "Queremos o mesmo tratamento que as distribuidoras de energia elétrica. Pleiteamos o mesmo tratamento para todas as geradoras fazerem um alongamento das dívidas das empresas que estão muito concentradas a curto prazo", disse Alckmin depois de reunir-se com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, para tratar do assunto.
Segundo o governador, o ministro não descartou a possibilidade de o BNDES conceder às geradoras o mesmo tratamento dispensado às distribuidoras. Com o dinheiro, a Cesp poderia equilibrar o caixa. Só com a dívida contraída no exterior nos anos 80 e 90, a empresa paga US$ 300 milhões por ano ao Tesouro Nacional. Alckmin também alega que a linha, de R$ 3 bilhões, oferecida pelo BNDES não está sendo totalmente utilizada, porque várias distribuidoras não atendem ao pré-requisito.
Outro assunto tratado por Alckmin com Palocci foi a liberação de R$ 86 milhões referente ao acordo de recomposição tarifária feito no período do racionamento de energia elétrica. Os recursos foram aprovados pela Agência Nacional de Energia de Elétrica (Aneel), mas o BNDES não tinha os recursos na época.
Sobre o aquecimento da economia, o governador paulista se comprometeu a ajudar no que for necessário. "O estado de São Paulo só vai bem, se o país for bem. O nosso esforço é de ajudar e colaborar. O país vai crescer mais no ano que vem. Até porque partimos de uma base muito pequena. Mas a expectativa é de crescimento , o que é bom para o emprego e para a renda das pessoas".
Ele salientou, porém, que o aquecimento da economia ainda não está sendo sentido no comércio. "Houve mudança na atividade industrial. Mas temos esperanças de que no ano que vem, vá bem. Estamos fazendo um grande esforço para aumentar as exportações, e essa vai crescer. A exportação dera um salto importante", finalizou.