Rio, 10/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - A Petrobras Distribuidora deve fechar o ano com retração de 8% nas vendas de derivados de petróleo, e com sua participação no mercado passando de 32,5% para 31,3%. Em parte, isso decorre da situação macro-econômica do país - com alta elevada dos preços dos derivados e retração do poder de compra do consumidor, explicou o presidente da BR, Rodolfo Landim.
Segundo ele, além disso, o resultado reflete a decisão da subsidiária da Petrobras de reduzir o fornecimento para transportadores, revendedores e varejistas que comercializam óleos diesel e combustível para pequenos mercados. "Além de não serem clientes muito fiéis à BR, havia também o problema da inadimplência de alguns, o que aumentava o risco da operação", afirmou Landim.
Para ele, no entanto, não há mais muito espaço para a elevação dos preços dos derivados – que subiram em média este ano cerca de 50%, em relação a 2002 – e a expectativa é de que o Produto Interno Bruto venha a crescer 3,5% no próximo ano, o que refletirá sem dúvida nas vendas e poderá elevar a comercialização dos nossos produtos em até 4%.
Landim disse que, nos três primeiros trimestres deste ano, a BR registrou um lucro líquido de R$ 285 milhões, resultado 51% inferior ao de igual período de 2002, quando o lucro líquido chegou a R$ 586 milhões. Ele ressalvou, no entanto, que no ano passado a BR contabilizou como lucro a venda da Gaspetro, além de participações em distribuidoras estaduais de gás canalizado. "Tanto é que, agora neste ano, o nosso faturamento líquido chegou a crescer 40%, passando de R$ 15,9 milhões para R$ 22,3 milhões, entre 2002 e 2003.