Encontro discute programa para melhorar a qualidade do ar do Rio

10/12/2003 - 12h16

Rio, 10/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - Depois da cidade de São Paulo, a região metropolitana do Rio de Janeiro apresenta o mais alto nível de poluição atmosférica do país. Diariamente, são despejados no ar dióxido de carbono e os mais diversos poluentes industriais. Para traçar estratégias de combate à poluição na cidade e em municípios que compõem o Grande Rio, especialistas do Brasil, França, Argentina, Peru, Canadá, Estados Unidos, México, Colômbia e Chile participam de encontro promovido pelo Banco Mundial, como parte do programa "Ar Limpo nas Cidades da América Latina", lançado há cinco anos. O programa integra um projeto ambiental de estímulo a parcerias entre os setores público e privado, e ao mesmo tempo atua como intercâmbio de conhecimentos e experiências técnicas e científicas com bom resultados.

Técnicos franceses de quatro empresas que integram o projeto estão no Rio desde novembro do ano passado, realizando um levantamento das principais fontes poluidoras. Eles também fizeram o levantamento topográfico, dos ventos e do trânsito na cidade. Com essas informações, o Banco Mundial e o consórcio de empresas francesas entregarão à Prefeitura, em junho de 2004, um modelo para promover a dispersão da poluição atmosférica, já utilizado em Paris, na França. "O modelo será adaptado à realidade do Rio. Através dele será possível gerenciar os piques de poluição. Ele solta um alerta que ajuda as instituições responsáveis por verificar a qualidade do ar, a monitorar e limitar a poluição", explicou o coordenador local do projeto, Marc Chiappero, da Renault.

De acordo com Chiappero, o levantamento mostrou que a região metropolitana do Rio tem uma frota de carros considerada velha, com uso médio de nove anos. Carros com este tempo de circulação liberam 30 vezes mais poluentes do que os novos. "Nosso desafio é descobrir qual a porcentagem desta frota que ainda está circulando pelas ruas", informou Chiappero.

O programa Ar Limpo também inclui mais 14 municípios do Rio. Grande parte dessas cidades integra a chamada Bacia III, considerada a mais degradada em termos de qualidade de ar da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.