Brasília, 8/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) pretende instalar no início do ano equipamentos para o aproveitamento, em caráter experimental, da energia gerada pela usina de energia solar da Faculdade de Engenharia Elétrica. O instrumental, cuja lógica de funcionamento está em estudo, é chamado de inversor e transforma a tensão contínua da usina em tensão alternada, como é utilizada em residências. Para efetuar esse processo, no entanto, é preciso de condicionadores, aparelhos que já foram comprados, mas que estão retidos na alfândega.
Construída no final de 2002, o projeto visa servir como um laboratório de estudo dos impactos dessa forma de energia na rede elétrica. Por meio de células fotovoltaicas (funciona como uma pilha, porém gera energia por meio do sol) a usina tem capacidade para gerar 30 KW de potência, o que dá para alimentar, diariamente, 11 casas.
O coordenador do projeto, professor Márcio Vinagre, explica que esse tipo de energia é vantajoso por não causar impacto ecológico, ser fácil de montar e de manter e, principalmente, por ser uma fonte inesgotável. Em contrapartida é uma tecnologia cara. O investimento pode ser recuperado num período estimado de 25 anos. Apesar disso, o Sol tende a ser a principal fonte de energia daqui a alguns anos. "Tenho certeza disso. Os especialistas prevêem que em 2050, 80 a 85% da energia consumida no mundo seja solar", afirma Vinagre.
A princípio toda a energia será consumida pela própria universidade, podendo gerar uma economia mensal entre R$ 1500 a R$ 2000. De acordo com Vinagre, já existem no Brasil algumas usinas de energia solar, mas nenhuma com capacidade superior à da UFJF. "Nossa finalidade é mostrar para a comunidade que a aplicação em média escala dessa energia é viável tecnicamente e como deve funcionar". (Ascom UFJF)