Exportações brasileiras para o Egito cresceram 30%

08/12/2003 - 9h26

Álvaro Bufarah
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - As exportações brasileiras para o Egito cresceram 30% entre janeiro e setembro deste ano e a expectativa, segundo o embaixador brasileiro no Cairo, Celso Marcos Vieira de Souza, é de que a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país promova o aumento das relações comerciais. O presidente brasileiro fica hoje e amanhã no Egito, o penúltimo destino de seu périplo pelo Oriente Médio. Em seguida, Lula segue para a Líbia.

Em 2002, o Brasil vendeu US$ 385 milhões em mercadorias para os egípcios, importando apenas US$ 25 milhões. Os principais produtos exportados são minério de ferro, automóveis, motores, autopeças, açúcar e carne, e os importados são fertilizantes, produtos químicos e algodão. Com isto, o Egito é o terceiro maior destino dos produtos brasileiros no mundo árabe, atrás dos Emirados Árabes Unidos e da Arábia Saudita. A Embraer também vem fazendo bons negócios no país. A Força Aérea egípcia comprou da empresa brasileira 52 aviões Tucano utilizados para treinamento de seus pilotos.

Além de sua força econômica, o Egito é um importante ator político nas questões de abrangência internacional. Assim como o Brasil, o país integra o G-20, grupo dos países em desenvolvimento, e possui participação relevante nas decisões regionais. Está localizada no Cairo, a sede da Liga dos Países Árabes. O Egito tem também participação fundamental no processo de pacificação da palestina, pois conquistou uma posição de moderador do conflito árabe israelense por desfrutar de uma série de credenciais diplomáticas, como ter assinado, em 1979, um acordo de paz com Israel e ser um importante interlocutor entre as diversas facções palestinas.