Evento discute os rumos do país 15 após a morte de Chico Mendes

08/12/2003 - 18h34

Rio, 8/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - O governador do Acre, Jorge Viana, lembrou hoje, no seminário "Legado Chico Mendes – 15 anos depois", realizado pelo Sesc Rio, a capacidade de Chico Mendes de acreditar em seus próprios sonhos e pensamentos. "Talvez a mais bela herança que alguém possa deixar para quem vem depois. Este é o principal legado deixado por Chico Mendes. A sua capacidade de acreditar em um pensamento, ter idéias, visões e propósitos. Chico foi um visionário que pensou grande e nos deixou essa lição de vida. Pensando grande, mesmo em um lugar ‘pequeno’, sua preocupação com o meio ambiente e para com o povo da floresta ganhou o mundo", afirmou o governador.

Amigo pessoal de Chico Mendes, o governador disse que 15 anos depois da morte do líder seringueiro, o principal desafio continua sendo o de dar prosseguimento ao seu legado.
"Muita coisa já vem sendo feita do ponto de vista das conquistas: demarcação das áreas indígenas, criação de unidades de conservação. Mas há o desafio de trabalhar a outra parte. Usando com sabedoria a floresta, fazendo com que as pessoas voltem a depender dela – seja economicamente ou para viver – é sem dúvida a melhor forma de defende-la".

Durante toda tarde, autoridades e ambientalistas participaram do seminário, da inauguração da exposição "História Social da Borracha", e do relançamento dos livros "Crime e Castigo – Chico Mendes", do jornalista Zuenir Ventura; e "Caminhando na Floresta", de Gomercindo Rodrigues, além do catálogo "Legado Chico Mendes".

O evento procurou refletir sobre os rumos do país, após o assassinato do líder seringueiro, em 22 de dezembro de 1988, uma semana depois de ter completado 44 anos.

Também compareceram ao evento a secretária de Coordenação da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente, Mary Allegretti; o deputado federal Fernando Gabeira, e a estudante Shalon Silva, filha de Chico Mendes.