Brasil amplia a produção de medicamentos para medicina nuclear

08/12/2003 - 15h43

Rio, 8/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - Entre 2004 e 2007 o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) prevê aplicar, por meio da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), R$ 3,5 milhões na ampliação das instalações de produção de radiofármacos e radiosótopos. A informação é do ministro Roberto Amaral, que participou hoje no Rio da cerimônia pelos 47 anos da Cnen.
"Pode parecer pouco, mas para os que começaram a atuar politicamente com a minha geração, há 40 anos, isto era um sonho. Por causa de sonhos como este, muitos de nós, na corrida destes anos, tivemos que abrir mão da liberdade ou da vida. Ou das duas", disse o ministro.

Os radiofármacos são medicamentos que contém material radioativo. Eles são empregados no tratamento e diagnósticos de câncer, doenças neurológicas e cardíacas entre outras. Os radiosótopos estão na composição dos radiofármacos. No Brasil eles são utilizados em 2 milhões de procedimentos médicos realizados anualmente. O aumento da produção de radiofármacos e radiosótopos visa atender ao crescimento desses procedimentos que varia de 8 a 10% ao ano.

O presidente da Cnen, Odair Dias, disse que o órgão pretende estruturar um sistema informatizado de acompanhamento do controle de instalações radioativas e nucleares, das instituições de pesquisa "inclusive" e, paralelamente, buscará a melhoria das condições de trabalho na área de inspeção e controle. "Buscaremos solucionar o problema dos depósitos de rejeitos nos institutos", afirmou.