Operação Gafanhoto: procuradores pedem prorrogação da prisão dos envolvidos

02/12/2003 - 18h49

Brasília - Os procuradores da República Rômulo Conrado, Carlos Mazzoco e Darlan Dias, membros do Ministério Público Federal em Roraima, encaminharam à Justiça Federal pedido de prorrogação de prisão dos envolvidos na chamada Operação Gafanhotos, inclusive a do
ex-governador Neudo Campos. O pedido tem como base a Lei 7.960/89, que trata de prisão temporária.

O ex-governador e mais 42 pessoas estão presos na cadeia pública de Boa Vista desde o último dia 27. Os envolvidos são acusados de formação de quadrilha, sonegação fiscal, peculato e lavagem de dinheiro. Juntos, os envolvidos desviaram recursos da folha de pagamento do Estado por meio da contratação de servidores fantasmas, conhecidos como "gafanhotos". O dinheiro era desviado por meio de procurações assinadas por cidadãos comuns em nome de assessores e parentes de deputados.

"A prorrogação das prisões é necessária para se fazer a oitiva (audiência) de todos os envolvidos e, dessa forma, comparar os depoimentos e checar os documentos apreendidos", afirmam os procuradores, que integram a força-tarefa que, na madrugada do dia 27, desembarcou em Roraima, em 2 aviões Hércules da Força Aérea Brasileira, mais de 240 policiais federais que fariam cumprir 57 mandados de prisão.

Até agora, somente 27 das 42 pessoas presas, foram ouvidas pela Polícia Federal. As que colaboraram, dando detalhes de como funcionava o esquema, tiveram o pedido de prisão revogado. Neudo Campos será o último a prestar depoimento. Segundo o Ministério Público Federal, o ex-governador seria o mentor intelectual do esquema, pois era ele que autorizava a contratação dos "gafanhotos".

Com informações da Procuradoria da República em Roraima