Brasília, 2/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Educação, Cristovam Buarque, disse há pouco, após reunião com lideranças do bloco de apoio ao governo no Senado, que a proposta de mudanças no sistema de avaliação do ensino superior classificará as universidades por um índice geral, com um diagnóstico amplo da área. Perguntado sobre os custos que surgirão com aplicação de duas provas, o ministro explicou que eles serão compensados com a melhora na percepção do avanço do aluno: "além disso, ao usar amostragens e não o universo inteiro de alunos, vamos reduzir bastante os custos".
Cristovam Buarque esclareceu que os estudantes que desejarem, poderão incluir sua avaliação no histórico escolar. "O aluno que quiser terá sua nota, mas não vamos divulgar a nota de cada aluno individualmente, como atualmente é feito". Segundo o ministro, o que interessa é "avaliar o curso e não o aluno, individualmente". Cristovam observou que os alunos que não forem incluídos na amostragem poderão fazer a prova: "ele terá direito e vamos dar a nota para ele e seu currículo".
O ministro explicou que a classificação dos cursos será única, mas dividida por áreas e regiões em grupos diferentes. "Não faz sentido classificar todas as universidades, umas com as outras, em um bloco só, uma universidade que tem cinco anos com outra de 50 anos",disse. Cristovam Buarque observou que cada universidade terá que assinar um termo de compromisso pelo progresso : "termina a avaliação, identifica o que está mal e faz um termo de compromisso assinado pelos alunos, diretor da instituição e pelo ministério, em que nos comprometemos a fazer o que for preciso, nos três anos seguintes, para que o curso melhore, porque se não melhorar, fecha", concluiu.