Índice de Preços no Varejo em SP cai 0,35% em novembro

02/12/2003 - 11h27

São Paulo, 2/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - A maior oferta de veículos semi-novos com a entrada no mercado dos modelos 2004 e os estoques ainda altos nas concessionárias foram os principais fatores para que, na média, houvesse queda de preços na região metropolitana de São Paulo em novembro. Mas no acumulado do ano, as correções ultrapassam os 12%. O Índice de Preços no Varejo (IPV), calculado pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), caiu 0,35%, a segunda maior redução desde janeiro.

De acordo com a análise técnica da Fecomércio, esse recuo está associado ao período de ajustes dos preços que tiveram alta de 1,59%, em outubro. A maior baixa foi verificada no setor automotivo (1,49%), justificada como efeito do período sazonal de troca de modelos e do quadro de estoques elevados. Além disso, foram registradas vendas maiores nos dois meses anteriores – setembro e outubro. A previsão é de que no início do ano haja uma pressão sobre os preços com a chegada dos novos modelos às revendas.

Os itens do grupo de duráveis – eletrodomésticos, móveis e decorações – também contribuíram para a redução do IPV . Em média, esses produtos estavam custando 1,07% abaixo do que valiam em outubro. Os eletrodomésticos apresentaram queda de 1,27%, mas no acumulado do ano os preços registram variação positiva de 7,60%. No segmento de semiduráveis, a única alta ocorreu na comercialização de tecidos: 3,70%. Caíram, no período, os preços dos calçados e das roupas.

Já o grupo de não-duráveis, que inclui alimentos, produtos de higiene, de limpeza doméstica e farmacêuticos, apresentou ligeiro aumento de 0,40%. Mesmo assim, reflete a acomodação de preços porque, em outubro, sofreu elevação de 2,04%. A maior pressão foi provocada pelos alimentos.

De janeiro a novembro, os preços subiram 12,48% e nos últimos 12 meses, 18,54%. Com o resultado de novembro, os técnicos da Fecomércio fizeram uma revisão na estimativa para o fechamento do ano, prevendo que o IPV saia da faixa de variação de 15% a 16% para algo em torno de 13% a 14%.