Rio, 1/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - A Polícia Federal prestará serviços de inteligência e investigação em contratos de financiamento do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com empresas suspeitas de serem fictícias. "É um convênio simples, que não cogita de valores. Cogita, sim, a reposição de despesas que forem feitas pelos trabalhos que a Polícia Federal prestar", explicou o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, durante a assinatura do convênio da Polícia Federal com o BNDES.

Ao comentar a situação financeira da Polícia Federal, o ministro Márcio Thomaz Bastos disse que o orçamento apertado, não prejudicou em nenhum momento a atuação da instituição. Segundo o ministro, a PF não tem deixado de cumprir seu dever. "Nós estamos trabalhando com pouco dinheiro, temos dívidas atrasadas, coisas que não dizem respeito a esse ano, mas isso não impede que a PF esteja fazendo este ano um trabalho que, seguramente, é motivo de orgulho para todos nós do Ministério da Justiça e do governo, porque ela nunca trabalhou com tanta acurácia, com tantos resultados, com tanta amplitude, como vem trabalhando este ano".

Para o presidente do BNDES, Carlos Lessa, a Polícia Federal, como várias outras agências brasileiras, precisa de recursos para realizar determinadas funções. "Na verdade é muito mais correto robustecer a nossa Polícia Federal do que tentar duplicar esforços fora da nossa competência", explicou Lessa.