Brasília, 1/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - Embora já tenha demonstrado publicamente a sua posição contrária à redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu hoje um apelo de peso para manter sua posição. Ao chegar à V Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Lula foi recebido por cerca de 2 mil pessoas que gritavam: "Não à redução".
A representante das crianças e adolescentes que participam da conferência, Luana Raquel Costa Pinto, entregou ao presidente um documento elaborado durante os vários fóruns regionais que discutem os direitos das crianças e jovens na defesa da manutenção da maioridade penal aos 18 anos. "A gente acha que, se a lei for cumprida, não precisa aprisionar crianças e adolescentes, que são as maiores víimas da violência no Brasil", enfatizou Luana. A estudante recebeu um forte abraço do presidente Lula e foi ovacionada pelas crianças e jovens que lotam o auditório do Colégio Militar, em Brasília.
Diversas faixas de movimentos e organizações não governamentais também estão espalhadas pelo auditório criticando a proposta de alguns juristas de reduzir a maioridade penal. Além do presidente Lula, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, também já deixou clara sua posição contra mudanças na maioridade penal.