Rio, 28/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - O ritmo das vendas na indústria fluminense está lento e não deve se aproximar dos 5% estimados para 2003. A avaliação é da chefe da Assessoria de Pesquisas Econômicas da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Luciana Costa Marques de Sá. A economista lembrou que, em 2002, o crescimento das vendas foi de 13,7%. "Mas, com o quadro de estabilidade, a conseqüente queda dos juros e a recuperação do consumo, fica a aposta por melhores dias em 2004", disse Luciana.
Segundo os Indicadores Industriais, divulgados hoje, as vendas em outubro cresceram 1% em relação a setembro. No entanto, levando-se em conta os dias trabalhados em outubro, houve queda de 0,7% no confronto com o mês anterior. Houve também retração de 0,25% do pessoal ocupado nas indústrias do Rio em relação a setembro. As principais causas das demissões foram redução de custos e reestruturação de diversas empresas.
Dos 13 setores pesquisados, sete contrataram, alguns em função das vendas de Natal. Os segmentos Têxtil (1,55%) e Papel e Papelão (1,50%) tiveram os melhores desempenhos. O volume salarial pago em outubro aumentou 2,72%, na comparação com o mês anterior, devido aos reajustes e dissídios trabalhistas e à queda da inflação. Entretanto, em relação a outubro do ano passado, houve queda de 0,67% da massa salarial paga pela indústria fluminense.