Rio, 28/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - A Petrobras, a Diretoria de Portos e Costas da Marinha e a Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron) lançaram ontem (27) ao fundo do mar o casco do navio hidrográfico Orion, a 20 quilômetros da costa do município de Quissamã. O objetivo é fazer com que a estrutura metálica submersa se transforme em um habitat artificial para peixes e espécies marinhas, estimulando a pesca na região.
Com 15 metros de altura e 45 de comprimento, o Orion foi desativado em 2000, após 35 anos a serviço da Marinha. Segundo a assessoria de Imprensa da Petrobras, foi retirado da embarcação todo tipo de material que pudesse representar risco ao meio ambiente, como motor, fiação, lubrificantes, combustível e forrações.
O navio foi rebocado da cidade de Macaé até o local do afundamento, onde explosivos criaram orifícios no casco, levando à submersão. A operação durou dois minutos e a Petrobras estima que em um mês bactérias e microalgas já tenham coberto cerca de 30% do casco. Ainda na avaliação dos técnicos da estatal, em seis meses surgirão moluscos, crustáceos, corais e peixes, e em um ano poderão ser encontrados caranguejos, lagostas, badejos e garoupas.