Brasília, 25/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - O senador Paulo Paim (PT-RS) disse hoje, em entrevista à Radiobras, que ainda não existe um acordo para a votação da reforma da previdência em primeiro turno. O senador insiste que o texto original deve ser modificado em alguns pontos, entre eles, o subteto das aposentadorias nos estados, a paridade para os atuais servidores públicos, regras de transição e taxação de inativos.
Paulo Paim vai se reunir ainda hoje com o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), com o relator da reforma, Tião Viana (PT-AC), e com o presidente do PT, José Genoino (SP). O senador gaúcho disse que também espera ter uma conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Quando há vontade política para se construir um acordo, tudo é possível" declarou Paulo Paim.
O vice-presidente do Senado acredita que a votação aconteça entre hoje e amanhã, pois a fase de discussão da matéria deve ser muito acirrada. A oposição promete apresentar dezenas de requerimentos para tentar modificar a proposta aprovada na Câmara dos Deputados.
O governo aposta que vai aprovar a matéria com 53 votos, nos cálculos do relator Tião Viana. Para ser aprovado em primeiro turno, o texto deve ter no mínimo a aprovação de 49 senadores.
Depois de aprovado o texto original, a base governista promete dar andamento rápido à chamada emenda paralela, que conteria todas as modificações negociadas com os partidos de oposição. Enquanto isso o texto original seria votado em segundo turno, com promulgação prevista para o mês de dezembro.